Natural de São Pedro do Sul, Osvaldo Hasselmann morava em Santa Maria há 20 anos com a mulher Neli Motta Hasselmann, 59 anos e os quatro filhos: Volnir Motta Hasselmann, 40 anos, Iria Terezinha Hasselmann da Rosa, 39, Arnilda Motta Hasselmann, 32 e Marcos Valnir Motta Hasselmann, 24. Durante todo o tempo morou na Vila Jockey Club, no Bairro Juscelino Kubitschek.
Osvaldo teve seis netos: os irmãos Gabriel Motta Hasselmann, 19 anos, Janaína Hasselmann Trindade, 18 e Jaqueline Hasselmann, 11; André e Anderson Hasselmann da Rosa, 21 e 17 anos e o caçula Leonardo Veloso Hasselmann, 10 anos. O qual morava bem próximo ao avô.
– O pai estava sempre por perto dos netos. E o Leo morava em uma casa nos fundos da dele, então na hora do almoço o pequeno dava remédio e ficava por perto – afirma Iria.
Uma das brincadeiras favoritas do vovô Osvaldo era escrever em um quadro negro, ensinando o neto Leonardo a ler e escrever. A perda do avô deixou o pequeno neto abalado e ele precisou de tratamento psicológico.
– Os dois eram muito parceiros, estavam sempre juntos e brincando. O Leonardo não entendeu o que aconteceu com o avô – relata emocionada a filha.
Osvaldo passou o dia 15 de junho todo brincando com o pequeno. E perto das 16 horas da tarde saiu para ir ao mercado, mas não voltou para casa. A família o encontrou na segunda-feira, dia 19, já sem vida. O sepultamento aconteceu no dia 20 no Cemitério Guassipi, em São Pedro do Sul.
O rádio e o mate eram o companheiro de Osvaldo
O aposentado era o primeiro a acordar. Ele colocava a água esquentar e fazia um chimarrão. O companheiro de mate era o rádio, que foi enterrado junto dele. Osvaldo também adorava tocar gaita.
– Era o passatempo preferido dele – recorda Iria.
Já fazia um ano e meio que ele se tratava de um problema neurológico. E a esposa Neli, com quem foi casado há mais de 40 anos, era quem cuidava dele. O casamento dos dois era de muita parceria e união. Osvaldo não era de sair de casa, mas gostava de ir à missa e reunir os filhos e netos em casa para um churrasco no domingo. A família conta que foi muito difícil trabalhar na semana do dia 19.
– Ficamos muito abalados – declara Iria.
Osvaldo era torcedor do Internacional e acompanhava o time pela televisão ou pelo rádio, mas não chegou a conhecer o estádio Beira Rio. Nos domingos, quando reunia os familiares, além de aproveitar a companhia dos filhos, brincava com os netos.